Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007
Mulher de fogo

 

 

Mulher Inteira que "... corre nua na areia, nada em mares de lama, veste-se de prata e fogo, limpa as armas e luta como guerreira, dá as mãos ao sonho mas dorme sozinha, sorri entre lagrimas e planta os frutos da vida..."

 

Mulher Diabolica que sabe mentir e fingir, discutir e escapar, lutar e chorar, convencer e divertir-se, amar e sorrir

 

Mulher Divorciada que não admite mentiras, que não se envergonha de recomeçar, de admitir que tudo tem um fim, que comanda a sua vida, caçadora de prazer sincero e gargalhadas,

 

Mulher Femea poderosa e viva, insaciavel e activa, sedutora e amante

 

Mulher Apaixonada que sabe que é um sorriso, um despertar, um sonho. uma tentação, que sem o seu homem não está completa mas, mesmo assim vive feliz

 

Mulher Fantastica que sabe mimar-se

 

Mulher que cuida dos filhos, da casa, do marido, que trabalha arduamente por um ordenado miserável só porque é mulher e, mesmo assim sorri

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mulheres de FOGO

Porque somos TUDO

 

E quando não aceitamos a prepotência masculina

evitam-nos

fogem

escapam

mentem

ridicularizam-nos

caluniam

 

 

não gostam de ser "conquistados"

gostam de mulheres submissas

 

homens sem segurança neles mesmos

sentem-se atacados na sua estrutura basica de macho caçador

"Mulheres... só servem para a cozinha ou para a cama"

 

As mulheres e os homens têm o mesmo poder de desenvolver a

sua força interior

Não é guerra de sexos

É o despertar da força interna da mulher

como ser vivo e forte

depois de seculos de contra-informaçâo e formação

 

Somos mulheres de Fogo porque somos TUDO

e quando encontramos um homem que

reconhece o seu poder

 

Ele e Ela são seres de Fogo

 

O homem quer sexo

A mulher quer amor

Mentira!

 

O homem quer sexo e amor

A mulher quer amor e sexo

 

 

 

 

Ambos podem ter o que desejam

Basta querer ......  dar ........ e ....... receber!!!!

 

 

 

 

 

 

 


sinto-me: Mulher
sons: What's a woman? - Vaya con Dios

escrito por Infiel às 00:34
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36 comentários:
De trenguinhalinda a 15 de Outubro de 2007 às 12:05
Olá amiga

Neste post achei pertinente este poema.. E vai de encontro ás tuas palavras...

Um beijinho muito grande

Calçada de Carriche

Luísa sobe,

sobe a calçada,

sobe e não pode

que vai cansada.

Sobe, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe

sobe a calçada.

Saiu de casa

de madrugada;

regressa a casa

é já noite fechada.

Na mão grosseira,

de pele queimada,

leva a lancheira

desengonçada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.



Luísa é nova,

desenxovalhada,

tem perna gorda,

bem torneada.

Ferve-lhe o sangue

de afogueada;

saltam-lhe os peitos

na caminhada.

Anda, Luísa.

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.



Passam magalas,

rapaziada,

palpam-lhe as coxas

não dá por nada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.



Chegou a casa

não disse nada.

Pegou na filha,

deu-lhe a mamada;

bebeu a sopa

numa golada;

lavou a loiça,

varreu a escada;

deu jeito à casa

desarranjada;

coseu a roupa

já remendada;

despiu-se à pressa,

desinteressada;

caiu na cama

de uma assentada;

chegou o homem,

viu-a deitada;

serviu-se dela,

não deu por nada.

Anda, Luísa.

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Na manhã débil,

sem alvorada,

salta da cama,

desembestada;

puxa da filha,

dá-lhe a mamada;

veste-se à pressa,

desengonçada;

anda, ciranda,

desaustinada;

range o soalho

a cada passada,

salta para a rua,

corre açodada,

galga o passeio,

desce o passeio,

desce a calçada,

chega à oficina

à hora marcada,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga;

toca a sineta

na hora aprazada,

corre à cantina,

volta à toada,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga.

Regressa a casa

é já noite fechada.

Luísa arqueja

pela calçada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada,

sobe que sobe,

sobe a calçada,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Poesias Completas (1956-1967)



De Infiel a 15 de Outubro de 2007 às 23:25
Ola Linda
apaguei o comentario anterior porque vi que vinha dobrado
É isso mesmo! mulheres que nem sabem que estão vivas, nada sentem, só fazem o que devem fazer Infelizmente ainda existem muitas Luisas neste mundo, que mesmo nada sentindo, fazem o mundo girar, a elas tambem devemos a nossa Força de Mulher
Sabes de quem é o poema?

Um abraço para ti e muito obrigado por entrares na sala



De trenguinhalinda a 16 de Outubro de 2007 às 14:20

:)

Não tens de agradecer... eu gosto do que escreves...

O autor é António Gedeão

Beijinho


De Infiel a 16 de Outubro de 2007 às 22:27




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