Porque não encontro o homem que corresponde aos meus desejos,
que preencha as minhas necessidades??
Porque estive muito tempo com um
a quem amava
a quem me entreguei
em quem confiei
que me maltratou
me desiludiu
mentiu
rasgou a minha alma
dilacerou meu coração
obrigou-me a gritar para vencer
desenterrou a frieza
a logica, a inércia
semeou a desconfiança
fez-me pensar que eu não merecia ser amada
espetou a duvida no meu intimo
mulheres guerreiras não servem a homens bons
mulheres guerreiras não nasceram para serem amadas
são respeitadas, veneradas, seguidas
mas não são amadas
os homens olham seu corpo,
divertem-se com seu espirito mas
afastam-se
Sou a força do fogo
sou a alegria do ar
sou a firmeza da terra
sou a candura da agua
sou o divino
sei amar e quero ser amada

mesmo a fera mais terrivel sabe se aninhar
sabe brincar
porque as mulheres guerreiras se sentem tão sós e tão desiludidas???
Hoje consciêncializei que:
sei amar e que mereço ser amada
tenho duvidas e receios
mas que os vou vencendo
que o passado já não volta
que os homens tambem são diferentes
Consciêncializei que
sou poderosa e fragil
e que tudo acontece para me despertar
que todos os dias ha um homem que me observa
e que deseja que eu faça parte dele
Depende de mim deixar que ele se aproxime
Depende de mim lhe dar o que ambos queremos
Depende de mim
modificar a vida de ambos
Depende de mim
confiar e deixar que se entregue
Depende de mim
amar e ser amada

Depende de cada um
confiar e entregar
Depende de cada um criar harmonia
P.S. dedico este post a todas as mulheres e a todos os homens que se sentem sós
De Maaf a 13 de Dezembro de 2007 às 10:03
Acho que eles se devem matar uns aos outros para estar contigo!
Não te sintas só!
Beijo.
De
Infiel a 13 de Dezembro de 2007 às 14:22
lol
que se derrame sangue lol
espero que tenhas passado um optimo dia 

De Maaf a 13 de Dezembro de 2007 às 14:35
Sim. Pelo menos tive a oportunidade de jantar fora... a dois.. sem putos, nem gritos, nem bife para partir aos bocadinhos... Foi interessante!
De
Infiel a 15 de Dezembro de 2007 às 18:11
vale sempre a pena um jantar a dois, principalmente num dia especial para um dos dois
foi o 1º dia do teu ano pessoal

De Carla a 13 de Dezembro de 2007 às 12:50
O amor é, sem dúvida, uma dádiva, mas pode ser também um tormento Como gostei de encontrar estas tuas palavras.
Também para te dizer que, por vezes, as pessoas fogem do amor por medo ou por receio de sofrer.
Carla
De
Infiel a 13 de Dezembro de 2007 às 14:26
Ola Carla
quanta verdade, eu também já tive medo de amar
mas sofre-se tanto por ter medo como por amar e ter medo de amar Ja me baralhei lol
ai(suspiro) o amor ...
ha dias melhores que outros!
Um abraço e obrigado pela força
De
sextrip a 13 de Dezembro de 2007 às 16:01
[...] "Porque queres saber das minhas refeições em silêncio porque quaisquer sons me parecem gritos ? Porque queres saber do meu mastigar frio e absorto em pensamentos mortos ? Porque hás de querer perceber das lágrimas que se diluem no vinho ? Diz-me. Queres penar-me é isso ? Não me faças aquilo a que não me acho no direito de me fazer. É verdade que passo de divisão para divisão às escuras, ouvindo os meus passos como trovões secos, ocos e nada, mas nada, tem a virtude de me prender o olhar. É verdade que esta casa tem as paredes mais frias do que nunca, que bem podia ter apenas três divisões que a acharia imensa. É verdade que há um sobressalto a cada ruído vagamente familiar nas escadas, lá fora. É verdade que tenho a almofada húmida de noites sobre noites. É verdade que vejo apenas areia onde antes via jóias. É verdade tudo isso. Mas não te atrevas a ter por mim aquilo que não me acho no direito de ter." [...]
[...] "Como que nas conchas das mãos trago resguardada uma centelha. Que apenas necessito de descansar, de me recompor, de acordar uma destas manhãs, olhar no espelho e pensar 'vamos a isto'. [...]
...
De
Infiel a 15 de Dezembro de 2007 às 18:34
eu essa fase não passei, já que deixei a casa em que vivia mas é tramado...
Acho que estás coberta de razão.
Há homens que não sabem lidar com mulheres apetecíveis, de personalidade e vontades fortes. Vêem-nas como o fruto proibido, como algo que anseiam desesperadamente por se deitarem com elas, leliram com as suas conversas... mas acham sempre que elas são diferentes das outras, como se fossem melhores mas e por isso merecessem ser tratadas de forma diferente... Não precisassem de ser amadas - ou porque deve haver muitos a amá.las, ou porque mulheres assim não instigam a tal sentimento.
Muitos idiotas vêem essas mulheres como aventuras, sonhos personificados... Poucos têm coragem de se lhes entregarem de modo a merecer que elas também se entreguem... Outros acham que elas não nasceram para a família só para o mundo e que portanto nada lhes faz falta... Outros, ainda, ficam com elas e acham-se o máximo por as terem, pelo que se põem a dormir à sombra da bananeira...
Raros são os que além de as apreciarem, as entendem e têm a CORAGEM de as amar, de a elas se entregarem. Se mais o fizessem, mais se surpreenderiam com a capacidade de amar, de entrega, de fidelidade destas mulheres. Quase sempre muito superior às das ditas mulheres tradicionais (se é que há disso).
Esquecem-se que a capacidade de dar e receber amor está apenas em cada um de nós
Beijoca grande (está lindo)
De
Infiel a 15 de Dezembro de 2007 às 18:37
obrigado
e por isso existem tão poucas almas gemeas juntas!
mas ... esperemos que o indivisuo evolua e que comecemos a dar mais importância aos sentimentos, que haja mais equilibrio entre os dois sexos
De
sextrip a 13 de Dezembro de 2007 às 20:44
à tarde coloquei um excerto de uma "memóriazitas" que ali tenho guardadas e que a tua dedicatória (às mulheres e homens sós) me fez "desenterrar"...
agora... vai da cabeça para o teclado...
sei que gostas (e deves senti-las) dessas designações de mulheres disto e daquilo, homens assim e assado...
okay, tudo bem...
para mim, quando as coisas tocam a solidões, às suas "dores" e momentos negros, à necessidade de carinho, de companhia, de amor, à capacidade de "aguentar", à capacidade de ultrapassar, de "emergir"... existem simplesmente... pessoas.
pessoas, homens e mulheres, que amaram, que foram amadas e "desamadas", que foram ultrajadas ou não, que ultrajaram ou não, que sejam como forem sofrem por falta de amor, que têm momentos maiores ou menores de angústia, que por mais fortes, libertinos ou sátiros... necessitam... naquele momento... da doçura de um beijo dado com alma e amor.
já vi homens e mulheres destroçados por estas faltas, já recebi lágrimas de homens estilhaçados, já agarrei em mulheres tão amesquinhadas que sovavam fantasmas, já fui um deles, já me entreguei ao álcool até à exaustão, já tive imensa peninha de mim, já estourei com a minha vida...
levantei-me e caí não sei quantas vezes, ajudaram-me e ajudei... porque ninguém... ninguém que caia bem fundo, mas bem fundo mesmo, sai do poço sem ajuda... da mesma maneira que ninguém o tira de lá se ele não quiser de lá sair.
para mim, não há heróis solitários nestas coisas, é arrogante para quem nos ajuda, nem que seja com um ombro amigo, ou limpando-nos as lágrimas, ouvindo-nos as raivas, arrancando-nos um sorriso...
só há uma forma de sair da solidão, só há uma forma de sarar feridas profundas - é entregando-nos aos outros !
e isso, exige que as pessoas estejam a par umas das outras, ombreadas... não umas acima e outras abaixo.
coragem a quem chora, coragem a quem lhe apanha as lágrimas, porque quando a coisa é séria não é fácil para nenhum dos dois ou de quantos mais houverem... porque também dói sentir a dor de um/a amigo/a e carregamos a sua angústia também.
não haverão muitas pessoas assim ??? que se lixe, não são precisas muitas.
depois, se sobrevivemos, se reaprendemos a viver... só sabemos que o conseguimos se não mascaramos os nossos medos, os nossos remorsos e rancores... com capas de invulnerabilidade.
quando não fingimos com o viver a sós, afinal, a nossa solidão... quando tememos admitir que temos momentos negros em que precisamos daquele beijo de que falei.
podemos não viver em solidão, mas fingir que não temos momentos dela é sermos hipócritas connosco próprios.
ou então... saltámos de um poço para outro.
porém... aquilo de mau por que passamos, das duas uma, ou faz-nos querer "moldar" e controlar alguém... ou eleva a fasquia da partilha, em que se precisa de encontrar na outra pessoa, não a infalibilidade que não existe mas o maior grau de compreensão, de união, o prover de tudo aquilo que precisamos e o receptáculo para tudo aquilo que temos e queremos dar... não cometer erros que cometemos no passado, sermos mais do que aquilo que fomos, saber dizer e ouvir um não, ceder, querer e milhentas outras coisas que deveremos ter aprendido.
quando se chega à honestidade, à frontalidade, à coragem, quando se percebe que podemos ser vulneráveis sem temer e escudar a vulnerabilidade de outra pessoa, quando se sente o que é partilhar e ser cumplice... e desejamos outra pessoa assim... percebemos que não se pode "procurar" alguém assim ! se existir por perto, acabaremos por cruzar caminhos e acredito tanto nisso quanto no ar que respiro... ainda que isto não exclua que teremos de lutar um pelo outro, seduzir, conhecer, explorar...
não existem super-homens nem mulheres-maravilha, deuses são invariavelmente arrogantes e prepotentes... não há pessoas inacessíveis senão por sua própria culpa mas também não existem fortalezas inconquistáveis.
seremos tão menos solitários se não nos armarmos em "fortes", se reaprendermos a estender a mão !
e saber fazê-lo.
porra, estou cansado.
beijos
De
Infiel a 15 de Dezembro de 2007 às 18:43

tudo são momentos, ciclos que se repetem ou que se encerram
se não houver solidão nunca chegaremos a nos conhecer intimamente, para isso ela serve
ha quem se sinta só, estando acompanhado ... ha quem que raramente sinta a solidão, não tendo companheiro
De
sextrip a 17 de Dezembro de 2007 às 19:49
raramente falo das minhas "solidões" (de momentos de...)
e não queria acrescentar nada mais àquilo que escrevi.
mas...
a solidão é um "animal" horrível.
vive em nossa casa e não damos por ela...
por vezes... pensamos algo como "não vou fazer isto, ou ver aquilo, porque vai ser mau ou pior para mim", tentamos eliminar os factores que possam constituir um risco... (e deve-se fazer isso...) mas, não basta ! não elimina, não erradica...
por vezes, basta que se abra uma gaveta ou se folheie um livro e temos os dentes dela na nossa garganta... porque ela só nos ataca por oposição às memórias de tempos partilhados.
e isto... pode suceder mesmo que já alguém viva connosco.
o que não é honesto, nem justo, nem salutar !
do que me poderias contrapor a isto... (que a outra pessoa também tem uma palavra a dizer sobre isto...) creio que sabes que eu também o sei.
e se escrevo tudo isto, é porque creio que mo entendes.
grato pela flor... 
De
Infiel a 18 de Dezembro de 2007 às 02:24
de verdade que posso confessar que raros os momentos, nestes ultimos 5 anos, que senti o peso do bicho
talvez porque a casa não é a mesma, talvez porque não tenha recordações palpaveis (objectos, fotos, etc)
talvez porque me mantenho ocupada, talvez porque sei lá, diversas razões
sinti o seu peso quando estava bem preguiçosa e os cães não me trouxeram um copo de agua - resolvi a situação e tenho uma garrafita de água junto á cabeceira heheh
não estou a ironizar nem a ridicularizar a situação, mas são mais os momentos em que me sinto bem por estar só do que aqueles em que sinto falta de ter alguem a meu lado
eu podia viver com alguem mas... tal como tu ja disseste uma vez, conheço homens de quem gosto e muito, com quem gosto de estar mas... não é o suficiente para viver com nenhum deles
preferivel sentir o seu peso, de vez em quando....
não és só tu que gostas de oferecer flores 
Parabéns por este poema, traduziu muito de mim. É um lindo trabalho que merece ser divulgado, por isso tomei a liberdade de anexá-lo no meu orkut, citando certamente a fonte.
Sua sensibilidade é impressionante!
abraço,
Lucienne Alencar
meu blog: http://mulheresguerreiras.blog.terra.com.br
De
Infiel a 15 de Outubro de 2008 às 21:18
obrigado pelo carinho
- não fazia ideia que se podia e devia doar leite materno, obrigado pela sua divulgação
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