a situação mais certa da vida é a morte
a morte de um corpo
a separação de algo que consideramos a nossa vida
quantas pessoas vivem com medo do inevitavel?
quantas pessoas deixam de viver com medo de morrer???
sabemos que, um dia ..... morreremos
e o que nos leva ou não a tomar determinadas atitudes é exactamente o facto de não sabermos como e quando iremos morrer
mas, ha seres especiais que têm encontro marcado com a morte
a noticia é dada por determinado medico, após alguns exames e essa pessoa sabe que tem um tempo limite para viver
que reações surgirão nesse individuo?
como encaramos a morte?
hoje eu tive um encontro com alguem a quem foi dito que a sua vida estava limitada a determinado tempo
e a sua reação foi:
perder a consciência da realidade
foge da noticia, nega a sua veracidade
sai de casa
inventa acidentes, aluga quartos em hoteis caros, saindo sem pagar, caminha como vagabundo e perdido
perde-se entre a realidade e fantasia
não tem coerência nas frases, ameaça com policias imaginarios, procura a familia dentro de roupeiros, sua roupa em frigorificos
enlouqueceu!
- Fiquei impressionada com o comportamento alucinogenico do individuo
para não enfrentar a morte, não enfrenta a vida e um destes dias abandonará seu corpo e continuará perdido algures entre espaços
- tinha de escrever sobre isto, amo a vida e não me preocupo com o final dela mas.....
se eu soubesse que teria so mais um mês de vida????
que iria fazer?
deambulo na imaginação e não serei capaz de dizer, precisamente como iria reagir mas, talvez estivesse tentada a ter comportamentos mais bizarros, a ultrapassar inibições ja que se o fim estava proximo e não sofreria consequências dos meus actos
assaltar um banco seria tentador
desde que tivesse possibilidade de sair com todo aquele dinheiro e gasta-lo em nada de especial ou distribui-lo como chuva, para quem cruzasse o meu caminho, só pelo gozo de observar a reacção de outros
mas, seria realmente essa a minha maior tentação??
estranho, como pensar sobre o fim nos dá uma incrivel sensação de poder fazer
morreremos como vivemos
se posso imaginar o fim desta minha vida
será um grandessissimo orgasmo
Olá!
Por acaso ando a falar da morte nas minhas aulas ... ora que tema interessante, não é?
E o cerne da questão é mesmo esse, se soubessemos que tinhamos apenas um mês ... um ano de vida o que fariamos?
É uma questão complicada e é necessário uma grande estrutura psíquica e emocional para se aguentar e nos defrontarmos com isso!
Gostei do teu testemunho e reflexão!
Beijinhos para ti!
De
Infiel a 26 de Maio de 2009 às 20:57
obrigado pelo carinho
não tenho medo de morrer, o que não me agrada é não poder viver
jinhos com mil sorrisos
De Bichana a 12 de Maio de 2009 às 10:14
Impressionante o teu testemunho...
bjnhos
De
Infiel a 26 de Maio de 2009 às 20:58
ha uns dias falei com a esposa, foi internado no julio de matos 
joquinhas
De
Fisga a 12 de Maio de 2009 às 12:08
Olá amiga. Olha minha amiga. Eu encaro essa situação, a porque sei que Qualquer de nós estamos sujeitos a ela. Por mais conjecturas que teçamos, não temos certezas do que faríamos ou faremos, antes da notícia recebida. Acho que é bom pensarmos na morte como uma parente próxima do sono. Com um senão ou talvez não. Do sono acordamos da morte… Todos temos a certeza que a morte é uma realidade Palpável, Ou seja que há morte depois da vida, se há vida depois da morte, ninguém com provas dadas pode afirmá-lo. Mas também, ninguém pode afirmar o contrário. Uma coisa é certa, estamos a falar de uma realidade. E não deve ser nada agradável, ter um caso como esse na família. É lamentável e deplorável. Eu não sei o que faria. Um beijo Eduardo.
De
Infiel a 26 de Maio de 2009 às 21:00
eu tambem não sei o que faria se recebesse tal noticia mas, não tenho medo da morte e ja a vi muito perto
ocupa.me o pensamento o que existe alem dela e estou tranquila
um abraço
De
Fisga a 27 de Maio de 2009 às 19:51
Olha minha Querida Amiga: Com todo o respeito que me merecem todas as opiniões diferentes da minha, eu só sei que depois da vida há morte. Se há vida depois da morte, eu isso não sei. Será que alguém o sabe? Mas que depois da vida há morte, isso nós sabemos. Peço desculpa. e respeito todas as opiniões. Beijo Eduardo.
De
duko a 16 de Maio de 2009 às 11:37
A morte é realmente a única certeza da Vida, pois nem sabemos se estaremos vivos daqui a minutos, mas sabemos que vamos morrer!
Quem consciencializa assim a morte não sofre um golpe tão brutal quando a sente aproximar-se, porque sabe da sua existência e procurou viver a vida como entendeu. Se o conseguiu ou não, isso não interessa.
Chegada a hora, não vai fazer loucuras. Pode procurar realizar alguns dos seus sonhos, fazer algumas loucuras, mas não sente necessidade de fazer aquilo que descreves.
A minha mãe sempre nos alertou para a morte, embora nunca de uma forma macabra. Eram pequenos alertas, pormenores:«Quando eu morrer, quero que façam isto...». Nós lá resmungávamos que ela não ia morrer. Mas esse pequeno acto de no-lo lembrar, tornou-me consciente da inexorabilidade da morte. Sim, sei que ela existe, mas não me preocupo. Nem penso nisso, apenas sei.
Se o dia mo for anunciado, agradeço até: assim terei tempo para deixar os meus como quero: em segurança, tranquilos.
No fundo, eles vão sofrer mais do que eu! A minha mulher irá por caminhos que eu não quero e preciso relembrar-lhe que o facto de eu morrer, não significa que a vida deles acaba. A deles continua e deve ser precavida e eu agradecia ter tempo para avisar a família.
Também preferia uma morte rápida a uma doença incapacitante prolongada: sou activo, gosto de ver a natureza mudar-se a cada dia que passa.
Se todos pensarmos que a morte existe e que é preciso é preocupar-se com a Vida, muita coisa mudava! Porque difícil não é morrer... viver é que é difícil!
Vivam bem, para poderem morrer bem! Lol. Não se assustem, não é macabro... é a vida! A minha mulher acha-me muito frio por eu pensar assim. Mas sou assim em tudo: gosto de analisar o que faço, o que penso, a mim próprio e aos outros.Faz tudo parte do Conhecimento!
De
Infiel a 26 de Maio de 2009 às 21:05
tens toda a razão!!
a primeira vez que a minha mãe me disse o que queria levar vestido, eu não achei piada á situação mas, quando ela morreu, agradeci-lhe porque poupou-me imensas preocupações
ela preparou-me para a altura que, sempre chega e ajudou-me a sentir melhor a vida
quem sabe quando ela chega, tem oportunidades desconhecidas para o resto dos mortais
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