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Infiel

Infiel

trance

16
Jun09

 

 

odiada e amada

 

eu amo

pulo que nem uma louca, entro em êxtase, perco-me dentro de mim mesma

sem drogas, sem quimicos, sem alcool

só som

 

 

todos os anos participo numa festa, um encontro de 1 ou 2 dias, na natureza e com a natureza

 

só tenho, realmente, pena que a maioria dos participantes use e abuse de drogas nestes eventos

 

é que basta fechar os olhos e sentir aqueles sons loucos penetrarem no nosso campo energetico e ................. voar

 

Uma vez levei o meu capado que adorou e foi mimado por todos, estive 62 horas sem dormir e sem parar lol

Este ano levei amigas que adoraram e me mimaram

e só estive 36 horas acordada porque elas tinham de ir trabalhar

mas, todos os momentos foram especiais

 

 

 

 

 

 Festas, raves são encontros ao ar livre com musica electronica mas, tem as suas raizes mais profundas no xamanismo e, é esse encontro que procuro nestas festas

 

Existe uma decoração psicadelica com lenços, cortinas, tendas, fadas de madeira pregadas em arvores, gnomos de papel a enfeitar pinheiros, mini lagos artificiais, chuveiros que lançam chuva tropical sobre os que pulam em frente ao palco ........... e, sempre aquela musica que não pára!!!!

 

O ambiente deveria ser uma união com a Natureza, com o Universo mas, a quantidade de droga consumida, transforma estes encontros em consumo livre e menospreza a conexão com o Cosmos

 

Eu mantenho-me na minha onda: danço, pulo, medito, como, dormito, sinto as arvores, os insectos, o sol e a lua e, saio revigorada e desejosa da proxima

 

 

 

 

aquela musica enche-me os ouvidos e entranha-se na alma

 

Para ver e ouvir aqui Talamasca, um dos meus musicos favoritos

 

 

 

 

 

 

 

a droga do sec XXI

22
Mai09

 

todos nós conhecemos alguem que se drogou

que se viciou na heroina, no cavalo, na branca ou qualquer outro nome ou substância que eleva as sensações que o sujeito por si só não consegue atingir

 

procura numa qualquer droga sensações de vida ou de morte

 

droga provoca dependência

o individuo sofre fisicamente no periodo de abstinência

 

mas continuamos a ver farrapos humanos pelas ruas, não basta saber que se entra num labirinto mortal nas primeiras vezes que se experimenta já que, cada vez é mais vulgar sniffar em festas e não só de yuppies ou tomar um comprimido antes de ir para uma qualquer discoteca

 

nos anos 60 os hippies reuniam-se em grupo para ouvir musica, dançar, fumar maconha e proclamar amor

nos anos 80 os drogados reuniam-se em grupos para partilhar um charro, ouvir musica, dançar e conversar

 

mas quando as drogas duras se propagaram os grupos terminaram, o individuo fecha-se no quarto, no carro, em um qualquer canto e abandona o grupo

 

mesmo sem tomar qualquer substancia quimica cada vez ha mais drogados

somos drogados virtuais

 

afastamo-nos dos amigos para no nosso canto, entrar num outro mundo

em vez de seringa, limão e colher, temos um portatil

 

hoje descobri um site que se chama second life

 

tal como o titulo sugere é uma segunda vida que nos permite ser e ter muita coisa, TUDO

 

não é um jogo é um mundo virtual onde voamos, teletransportamo-nos, dançamos, teclamos (dificil considerar os dialogos cruzados como uma conversa), fazemos amigos, compramos e vendemos, SOMOS

 

- eu sou viciada em jogos, já o tinha admitido aqui mas, ja não faço birra se não termino o nivel porque o telefone toca

nas minhas folgas, passo as tardes com os meus machos e é de noite que me sento de frente ao monitor para, também eu, entrar no meu mundo mas

- eu vivo sozinha, folgo a meio da semana (o que torna dificil ter companhia) e moro longe da chamada civilização (não dá muito jeito para socializar-me)

 

o que me preocupa são as crianças

 

elas estão a viciar-se no virtual

 

- hoje dancei num clube de praia com 14 jovens com menos de 20 anos (não sou pedofila!!!  foi  num mundo virtual), eram de diferentes partes deste planeta e um deles, escolheu as musicas, preparou o ambiente e emitiu convites

o rapaz passou a tarde a preparar a festa

 

e para dançar limitei-me a clicar numa tecla e a minha personagem (uma punk de cabelo multi-colorido, 1.80m, shorts brancos e descalça) deu um show na pista

sim, diverti-me mas 15 minutos depois voei para o egipto para ver uma exposição de fotografia e acabei por me aborrecer e desliguei-me da minha segunda vida para escrever este post porque estou banzada!!!!

 

isto é perigoso! ha crianças, jovens adultos a socializarem virtualmente e que não desenvolvem uma conversa, não conhecem o sabor do vento, não sabem subir a uma arvore, provavelmente nem sabem como ter sexo mas, voam e teletransportam-se para mundos sem limites e estão tão sozinhos, dependentes e carentes como um toxicodependente